Na etapa Experimentar, é hora de colocar as ideias à prova!
Depois de mergulhar no tema e levantar hipóteses, o grupo vai testar se elas se confirmam — ou não — por meio de observações e experimentos.
Aqui, os estudantes aprendem que toda hipótese científica é uma suposição provisória, que só ganha força quando é testada, medida e comparada com as evidências.
O foco é aprender como a ciência pensa: com curiosidade, registro e mente aberta para o que os dados revelarem.
Orientações para professores 👆
A etapa Experimentar desenvolve o raciocínio científico e o pensamento hipotético-dedutivo dos estudantes. É o momento em que eles aprendem, na prática, a transformar suposições em hipóteses testáveis e a usar evidências para apoiar ou refutar ideias.
Comece apresentando a hipótese como uma afirmação provisória, que nasce de uma observação e pode ser testada. Dê espaço para que os estudantes comentem a definição e tragam exemplos do cotidiano. Valorize formulações claras, observáveis e específicas. Explique que, diferentemente de uma opinião, uma hipótese precisa ser passível de verificação — é algo que pode estar certo ou errado, e ambos os resultados são válidos quando há evidências.
Durante a construção e validação das hipóteses, circule entre os grupos e ajude-os a identificar variáveis que podem ser medidas ou controladas. Incentive o uso do Validador de Hipóteses como ferramenta de apoio para aprimorar as frases.
Na hora dos experimentos, auxilie na organização do espaço: distribua as mesas de modo que cada grupo tenha área suficiente para montar o experimento e para observar com segurança. Garanta acesso aos materiais listados e ao Diário de Registro, incentivando que os alunos anotem enquanto realizam as ações, e não apenas depois.
Finalize conduzindo uma conversa sobre os resultados obtidos: o que as evidências mostraram? a hipótese se manteve ou precisará ser revisada? Reforce que em ciência, o erro é parte do aprendizado e que compreender o processo é tão importante quanto chegar ao resultado esperado.
Você já teve curiosidade sobre algo e tentou adivinhar a resposta? Por exemplo, por que uma planta cresce mais em um local do que em outro, ou por que certos objetos flutuam na água enquanto outros afundam? Quando fazemos uma pergunta assim e tentamos imaginar uma resposta, estamos criando o que os cientistas chamam de hipótese científica. É como ser um detetive: você observa alguma coisa no mundo e pensa em uma ideia que possa explicar o que viu.
Uma hipótese científica é basicamente um palpite (uma suposição) para explicar algo que observamos. Em outras palavras, é uma ideia que achamos que pode ser a explicação de algum acontecimento, mas que ainda não sabemos se é verdadeira. Por isso, a hipótese é uma resposta temporária, uma espécie de explicação provisória que só será confirmada ou não depois de fazermos testes. Ela é considerada uma parte fundamental da investigação científica – está presente em quase todas as descobertas dos cientistas.
Orientações para professores 👆
Neste passo, os estudantes começam a afinar o olhar científico: é hora de escolher uma hipótese para testar e compreender, com clareza, o que exatamente será observado, comparado e medido.
Convide os grupos a relerem as hipóteses apresentadas na plataforma e a discutirem qual delas mais se conecta às dúvidas levantadas na etapa anterior. Essa reflexão ajuda a garantir coerência entre as perguntas e os testes, mostrando como cada ideia está enraizada nas investigações já realizadas.
Explique que cada hipótese tem um experimento associado, planejado de acordo com o tempo e os recursos disponíveis na escola. Apresente brevemente esses experimentos e ajude os grupos a escolher aquele que faz mais sentido para o contexto deles.
Se considerar viável, incentive a criação de hipóteses autorais. Reforce, porém, que essas hipóteses devem ser observáveis e testáveis, e que o experimento precisa caber no tempo e no espaço da aula. Essa abertura favorece a autonomia investigativa e estimula a criatividade científica dos estudantes.
Durante as discussões, apoie os grupos na explicitação das variáveis. Ajude-os a identificar:
o que será mantido constante (controle),
o que será alterado (variável independente),
e o que será medido ou observado (variável dependente).
Oriente também sobre os registros necessários para garantir a confiabilidade do experimento: anotações, medidas, fotos, observações e comparações.
Reforce que, nesta etapa, o foco não é “acertar” a hipótese, mas formular claramente o que será testado e como será testado. Esse é o cerne do pensamento científico: transformar ideias em procedimentos verificáveis e aprender tanto com os resultados que confirmam quanto com os que desafiam as expectativas.
Dica final: circule entre os grupos, escute as justificativas e incentive o diálogo entre as equipes. Quando os estudantes conseguem explicar por que escolheram uma hipótese e como pretendem testá-la, significa que estão realmente pensando como cientistas.
Agora que vocês já entenderam o que é uma hipótese científica, é hora de colocar as ideias à prova. Este é o momento de imaginar possibilidades, comparar explicações e escolher qual caminho de investigação faz mais sentido para o grupo.
Reúnam-se em grupo e leiam com calma as três hipóteses propostas.
Conversem sobre o sentido de cada uma e perguntem: “o que essa ideia está dizendo, exatamente?”
Se quiserem, criem uma nova hipótese ou ajustem uma das que já existem.
Podem combinar partes, trocar palavras e deixar a frase mais próxima do que o grupo realmente pensa.
Uma boa hipótese tem quatro sinais importantes:
É clara e específica: não deixa margem para muitas interpretações.
É observável: pode ser testada na realidade da escola — dá pra ver, medir, ouvir ou registrar.
Mostra uma relação “se… então…” — indica o que vocês esperam que aconteça.
É refutável: pode estar certa, mas também pode estar errada (e tudo bem, é assim que a ciência avança).
Dica: Confiram se a hipótese de vocês conversa com o que já apareceu no dossiê e nas rodas de discussão. Isso ajuda a manter o raciocínio coerente com tudo que o grupo já descobriu.
Se ficarem em dúvida, abram a ferramenta Validador de Hipóteses.
Ela ajuda a trocar palavras genéricas por termos mais observáveis e a testar se a ideia está realmente verificável “do jeito que está escrita”.
Façam juntos uma rodada rápida de prós e contras e escolham a melhor versão para seguir.
Registrem a hipótese final do grupo no caderno ou no canva.
Lembrem-se: escolher uma hipótese não é uma decisão definitiva.
Se as próximas conversas ou leituras trouxerem novas evidências, o grupo pode — e deve — revisar e melhorar a hipótese.
Na ciência, mudar de ideia com base em novas descobertas é um sinal de evolução, não de erro.
Orientações para professores 👆
Neste momento, o foco é levar os estudantes a compreender o que caracteriza uma hipótese científica e a escolher, em grupo, uma das propostas para investigar. O objetivo pedagógico é ajudá-los a distinguir opiniões de proposições testáveis, a formular previsões iniciais em linguagem simples e a construir consenso dentro do grupo antes de iniciar qualquer experimento.
Comece apresentando as três hipóteses disponíveis e conduza a turma para uma leitura atenta e reflexiva. Retome a matriz “O que sei, o que acho e o que quero saber” e o dossiê como ponto de apoio: essas ferramentas ajudarão os grupos a justificar a escolha da hipótese com base nas dúvidas que desejam explorar agora.
Oriente que, antes de escolher, cada grupo discuta o que a hipótese está realmente afirmando e o que ela permite investigar. Explique que o propósito é formular previsões iniciais, e não ainda pensar em materiais ou procedimentos. Peça que registrem:
a hipótese escolhida;
o motivo da escolha;
e uma primeira previsão escrita em uma frase simples, sem descrever o experimento.
Em seguida, faça um breve enquadramento conceitual sobre cada hipótese, sem detalhar os testes ainda:
Hipótese do relógio de sombra: propõe que o comprimento e a direção da sombra de uma vareta mudam ao longo do dia, permitindo estimar a hora aproximada. O teste envolverá um gnômon fixo, marcações horárias comparadas a um relógio e atenção à base nivelada e ao meio-dia solar.
Hipótese da orientação leste-oeste: afirma que é possível descobrir essa direção usando apenas a sombra de um bastão. A verificação utilizará duas marcações da ponta da sombra em momentos distintos e a ligação entre os pontos, com checagem de verticalidade e terreno plano.
Hipótese das fases da Lua: parte de uma suposição incorreta — de que as fases ocorrem porque a sombra da Terra se projeta sobre a Lua. A checagem usará uma lâmpada e duas esferas para demonstrar que essa sombra só explica os eclipses, permitindo discutir como a refutação também faz parte do método científico.
Durante a mediação, ajude os grupos a avaliar se a hipótese é observável no contexto da escola, quais evidências seriam possíveis de coletar e que variáveis já conseguem identificar (sem ainda discutir montagem). Use perguntas de foco para estimular o raciocínio científico, como:
“O que exatamente esta hipótese está afirmando?”
“Que resultado esperaríamos ver se ela fosse verdadeira?”
“Que situação do cotidiano se conecta a essa ideia?”
Se um grupo tiver dificuldade, leia a hipótese em voz alta, peça que sublinhem o verbo principal e o fenômeno descrito e os convide a escrever uma previsão simples iniciando com “Se... então...”.
Mantenha a dinâmica organizada em tempos curtos e visíveis no quadro: alguns minutos para leitura silenciosa, outros para discussão no grupo e um pequeno tempo final para o registro da escolha e da previsão.
Feche recolhendo as anotações ou registros digitais. Certifique-se de que cada grupo conclua a aula com a hipótese selecionada, a justificativa e a previsão inicial registradas. Guarde a explicação detalhada dos testes e do uso do Validador de Hipóteses para o próximo momento, quando a turma entrará na fase de experimentação.
Dica de mediação: valorize o processo de reflexão e escolha, mais do que a hipótese em si. Este é o passo em que os estudantes aprendem a transformar ideias em investigações — o verdadeiro ponto de virada para o pensamento científico.
O comprimento e a direção da sombra de uma vareta mudam ao longo do dia e podem indicar a hora aproximada.
É possível descobrir a direção leste‑oeste usando apenas a sombra de um bastão.
As fases da Lua acontecem porque a sombra da Terra se projeta sobre ela.
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Esta ferramenta tem como objetivo consolidar a passagem do pensamento opinativo para o pensamento científico. Ela ajuda os estudantes a transformar ideias em hipóteses testáveis, desenvolver clareza na formulação de previsões e exercitar o raciocínio hipotético-dedutivo — aquele que caracteriza o método científico.
Explique à turma que o Validador de Hipóteses serve como um roteiro de checagens que antecede qualquer montagem experimental. Ele orienta o grupo a pensar com precisão sobre o que será observado, em quais condições e com quais critérios de mensuração, criando um hábito de planejamento investigativo.
Proponha que cada grupo submeta sua hipótese ao validador, passando por quatro checagens sucessivas:
Testabilidade:
Peça que os estudantes se perguntem se a hipótese pode ser verificada por observação ou experimento.
Se a resposta for negativa, oriente a reformulação explicitando o que será observado, onde e em quanto tempo.
Formulação em formato de previsão:
Oriente a reescrita da hipótese no formato “Se... então...”, incluindo ao menos uma variável observável e um resultado esperado.
Reforce que a hipótese deve permanecer incerta e verificável, evitando enunciados que já sejam fatos consolidados.
Vínculo com uma pergunta investigável:
Garanta que a hipótese mantenha relação direta com as dúvidas registradas na matriz e as informações do dossiê, preservando o fio condutor da investigação.
Neutralidade e objetividade:
Peça que afastem opiniões e julgamentos pessoais.
Mostre como substituir expressões subjetivas (“é bonito”, “é melhor”) por comparações observáveis e mensuráveis (“é mais alto”, “demora mais tempo”, “reflete mais luz”).
Durante a mediação, modele o processo de reformulação em voz alta. Escolha um exemplo de hipótese vaga e, junto com a turma, mostre como transformá-la em uma previsão testável.
Se algum grupo travar, leia a hipótese com eles, sublinhe o verbo principal e o fenômeno descrito, e convide-os a reescrever a frase no formato “Se... então...”, deixando explícito como e onde observar.
Peça que os estudantes registrem cada versão reformulada. Isso torna o processo de melhoria visível e ajuda a acompanhar o amadurecimento do raciocínio científico.
Quando as hipóteses forem selecionadas a partir do conjunto proposto pelo projeto, ainda assim oriente que passem pelo validador para convertê-las em previsões operacionais, sem adiantar detalhes de procedimento.
Quando as hipóteses forem autorais, exija ao menos um ciclo de reformulação, garantindo que fiquem testáveis e viáveis no contexto escolar.
Dica de mediação: valorize a clareza e o esforço de refinamento mais do que o “acerto” da hipótese. A ciência começa quando uma ideia é escrita de forma que possa ser observada, medida e, se preciso, refutada — e o validador é o primeiro passo dessa prática.
O Validador de Hipóteses é um fluxograma que ajuda a checar se a ideia do grupo realmente vale como hipótese científica.
Pense nele como um filtro rápido: você entra com uma ideia e sai com uma frase clara, testável e sem “achismos”.
Clique na imagem ao lado e aperte "Começar". Depois, responda as perguntas sobre suas hipóteses com sinceridade. Caso sua hipótese não esteja pronta, use as dicas abaixo pra aprimorá-la e faça novamente o teste até que ela seja validada.
Clareza: dá para entender sem dúvidas? Evite palavras vagas como “muito”, “melhor”, “pior” sem dizer em quê.
Especificidade: está falando de uma ideia por vez, sem misturar várias causas ou efeitos?
Observabilidade: dá para ver, medir, comparar ou registrar algo relacionado a essa ideia no contexto da escola?
Relação “se… então…”: a frase indica o que você espera que aconteça quando algo muda?
Refutabilidade: existe a chance de a hipótese estar certa ou errada (e tudo bem se estiver errada, porque a gente aprende dos dois jeitos)?
Alcance realista: cabe no tempo e nos recursos que vocês têm agora?
Troque adjetivos por descrições observáveis (“mais nítido” → “com letras legíveis a X metros”).
Prefira nomes e ações concretas a ideias genéricas (“luz forte” → “lanterna X a Y cm”).
Use a estrutura “Se ___, então ___.” para deixar a relação causa–efeito visível.
Vago: “A observação fica melhor com nosso instrumento.”
Mais científico: “Se usarmos o instrumento do grupo, então conseguiremos ler letras do tamanho X a Y metros de distância.”
Opinião: “A Lua deixa as pessoas agitadas.”
Mais científico (tornando observável): “Se compararmos noites com Lua cheia e noites sem Lua visível, então veremos diferença em ___ (definir um indicador observável).”
Copie a versão final da hipótese (em uma frase) para o caderno/canva do grupo.
Lembrem-se: se o fluxograma apontar um “não”, não é erro: é convite para melhorar a escrita até que a ideia fique clara, específica, observável e refutável. Isso é exatamente o que cientistas fazem.
Orientações para professores 👆
Este momento marca a transformação das ideias em observações concretas. O objetivo pedagógico é levar os estudantes a transformar a hipótese validada em evidência empírica, desenvolvendo habilidades de planejamento, controle de variáveis, medição precisa, registro rigoroso e interpretação crítica dos resultados.
Apresente a turma a passagem de “previsão em palavras” para “teste observável”, mostrando que esse é o coração da prática científica. Reforce que erro, tentativa e ajuste são partes essenciais do processo — o experimento não serve apenas para confirmar, mas também para aprender com os resultados inesperados.
Organize a turma de modo que cada grupo identifique qual experimento corresponde à sua hipótese. Antes de iniciar qualquer montagem, conduza uma leitura orientada do passo a passo, garantindo que todos compreendam o objetivo do teste e as condições que precisam ser controladas.
Solicite que registrem todas as informações no Diário de Registro — hipóteses, previsões, materiais utilizados, medições, observações e imprevistos. Explique que o registro é o que dá validade ao experimento, permitindo que qualquer pessoa possa compreender e reproduzir o que foi feito.
Durante a execução, circule entre os grupos e mantenha o foco investigativo com perguntas que estimulem o raciocínio científico:
O que exatamente será medido ou observado?
Como vocês vão garantir que as condições se mantenham as mesmas?
Que evidência mínima comprovaria a previsão de vocês?
Que tipo de erro pode aparecer durante o experimento?
Proponha checagens rápidas de segurança antes de iniciar os testes: verifique a estabilidade dos materiais, o nivelamento dos suportes, a distância das fontes de luz e a legibilidade das marcações. Reforce o cuidado com o espaço, o compartilhamento dos instrumentos e o uso responsável dos recursos.
Se algum grupo travar ou se perder no raciocínio, oriente que revisitem as informações do dossiê ou da matriz para recuperar o fio da investigação. Depois, peça que retomem o procedimento completo, refletindo sobre como as evidências novas podem confirmar ou desafiar a hipótese inicial.
Dica final: valorize o processo mais do que o resultado. A qualidade da observação, o rigor do registro e a clareza das conclusões são indícios de pensamento científico — e é isso que torna o experimento significativo.
Chegou a hora de colocar a hipótese à prova. Um experimento é montar uma situação de forma intencional, observar com atenção, medir o que importa e comparar o que se esperava com o que aconteceu.
Procurem o experimento que corresponde à hipótese do grupo.
Leiam o passo a passo com calma.
Combinações de função: quem prepara o cenário, quem mede, quem cronometra, quem registra.
Antes de testar, escrevam uma frase: “Se fizermos __, então veremos __.”
Essa previsão será a base da comparação com os resultados.
Siga o procedimento exatamente como está escrito.
Mantenha as mesmas condições entre as tentativas (tempo, posição, distância, material, forma de medir).
Se precisar ajustar, mude uma variável por vez e anote qual foi a mudança.
Repita o teste mais de uma vez para perceber padrões.
Materiais utilizados.
Como o cenário foi preparado.
Procedimento seguido.
O que aconteceu durante o experimento (medidas, fotos, contagens).
Observações finais.
Anote imprevistos (vento, sombra, peça que soltou) e como podem ter influenciado o resultado.
Escrevam uma conclusão curta: os dados apoiam a hipótese do jeito que está escrita? Por quê?
Se não apoiam, o que vocês aprenderam e o que testariam em seguida?
Lembrete: em ciência, “não deu como esperado” também é descoberta — o importante é ter evidências e explicar o caminho.
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O Diário de Registro tem um papel central na formação científica dos estudantes, pois transforma a atividade prática em evidência comunicável. Ele ajuda a desenvolver precisão na linguagem, atenção às variáveis e o hábito de justificar conclusões com base em dados, e não apenas em percepções pessoais.
Apresente o diário como parte integrante do método científico, e não como uma tarefa à parte. Mostre que é nele que a investigação se torna visível, organizada e confiável. Para tornar o processo mais concreto, modele uma entrada completa em voz alta, passando rapidamente por todos os campos:
Hipótese e previsão,
Materiais utilizados,
Procedimento,
Resultados e observações,
Conclusão.
Enquanto os grupos escrevem, circule pela sala e faça perguntas que elevem a qualidade do registro, estimulando o pensamento crítico e o rigor na comunicação científica:
O que exatamente foi medido?
Em que condições e com quais unidades?
Onde essa informação aparece no texto?
Está claro o que foi observado e o que foi inferido?
Incentive o uso de tempos, datas, locais e descrições do ambiente — elementos que permitem que o experimento seja repetido por outros. Mostre que esse nível de detalhe é o que dá validade científica ao registro.
Quando notar lacunas, proponha retomadas curtas e pontuais, como:
revisar a previsão antes de escrever a conclusão,
acrescentar um desenho ou foto do arranjo experimental,
ou detalhar as medições e fontes de erro que possam ter influenciado o resultado.
Se algum grupo tiver dificuldade para começar, ofereça um início guiado com frases abertas que estimulem o raciocínio narrativo e a clareza:
“Hoje testamos...”
“Esperávamos observar...”
“Medimos...”
“Encontramos...”
“Concluímos que...”
Essa estrutura ajuda os estudantes a entender a sequência lógica do relato científico.
Para turmas com ritmos diferentes, valorize registros mínimos bem feitos, reconhecendo o esforço de clareza e organização. Já os grupos que avançarem mais rápido podem ser convidados a incluir reflexões sobre possíveis fontes de erro, limitações do experimento e próximos passos da investigação.
Ao final da atividade, recolha uma evidência do diário de cada grupo — uma foto, uma cópia digital ou um trecho representativo. Dê uma devolutiva breve no encontro seguinte, destacando exemplos de registros bem estruturados, boa precisão na linguagem e pontos que podem ser aprimorados.
Dica de mediação: reforce que o diário não é apenas um “caderno de anotações”, mas uma ferramenta de pensamento científico. Quando os estudantes aprendem a descrever, medir e justificar com clareza, eles passam a comunicar ciência de verdade.
O diário serve para organizar e dar clareza ao trabalho experimental.
Ele ajuda a registrar não apenas os resultados, mas também o processo, as condições do ambiente e os imprevistos que podem influenciar o que foi observado.
Antes de começar:
Anotem data, local e condições do ambiente (luz, vento, temperatura aproximada, ruídos).
Escrevam a hipótese do grupo e a previsão em uma frase do tipo: “Se ___, então veremos ___.”
Listem os materiais e descrevam como o experimento foi montado.
Durante o experimento:
Registrem o procedimento passo a passo e o que aconteceu em cada etapa.
Incluam medidas e horários sempre que possível.
Se algo sair do esperado — uma sombra que mudou, uma peça que soltou, um vento que atrapalhou — anotem como imprevisto.
Façam desenhos ou fotos do arranjo e das marcações para lembrar posições e distâncias.
No fechamento:
Escrevam o resultado e a conclusão do grupo.
Perguntem-se: as evidências apoiam a hipótese do jeito que ela está escrita? Por quê?
Registrem também o que fariam diferente numa próxima vez.
Usem unidades de medida (cm, s, contagens) e frases curtas e objetivas.
Prefiram anotar enquanto realizam o experimento, não só depois.
Lembrem-se: o diário mostra o raciocínio do grupo e permite que outras pessoas reproduzam o trabalho — exatamente como fazem os cientistas!