Nesta etapa, os estudantes transformam os dados em uma narrativa pública, mantendo rastreabilidade entre objetivo, procedimento, evidência e conclusão. O Canva deve ser completado antes de escolher o formato de apresentação. Limites e próximos passos fazem parte do rigor, e o momento valoriza avanços, revisões, escuta ativa e habilidades socioemocionais como colaboração e responsabilidade.
Orientações para professores 👆
A etapa Compartilhar é o momento em que os estudantes transformam todo o percurso da ciência aplicada em uma narrativa pública, mantendo rastreabilidade entre objetivo, procedimento, evidência e conclusão. Explique que o foco desta etapa não é apenas apresentar resultados, mas valorizar o processo completo: planejamento, construção, teste, ajustes, feedback e iteração. Limites e próximos passos fazem parte do rigor científico e não representam fracasso.
Organização do espaço e materiais:
Disponha a sala de forma que os grupos possam trabalhar e revisar seus canva C³ simultaneamente, com espaço para discussão e movimentação.
Garanta acesso a computadores ou tablets para completar o Canva e, se possível, materiais para produção de vídeos, cartazes, zines ou podcasts (papéis, canetas, microfones, câmeras ou celulares).
Tenha os registros de testes e fichas “Tem que ter” à mão para consulta durante a elaboração das peças de comunicação.
Orientações para condução:
Circule entre os grupos, fazendo perguntas que estimulem precisão, coesão e clareza, garantindo que cada conclusão seja sustentada por uma evidência ou feedback registrado.
Incentive que os grupos escolham um modal de comunicação adequado ao público-alvo, adaptando o conteúdo do Canva sem perder a fidelidade às informações.
Lembre que a honestidade na comunicação e o registro rigoroso de processos são tão importantes quanto a criatividade na apresentação.
Habilidades socioemocionais e celebração:
Aproveite este momento para valorizar a colaboração, responsabilidade compartilhada, escuta ativa, resiliência e autoestima acadêmica.
Reforce a importância de reconhecer avanços, boas decisões de teste e a capacidade de revisar estratégias diante de erros.
Incentive os grupos a refletirem sobre o que aprenderam e a celebrarem o percurso, reforçando que o foco é o processo bem documentado e o aprendizado consolidado.
Preparação para a autoavaliação:
Explique que, ao final da etapa, os estudantes realizarão a autoavaliação, refletindo sobre seu desempenho em cada fase do projeto, níveis de autonomia e participação, para reconhecer conquistas e planejar próximos passos.
Vocês chegaram ao fechamento da etapa ciência aplicada.
Depois de planejar, criar, testar, receber feedbacks e iterar até a V3, é hora de transformar esse percurso em uma comunicação clara e honesta.
Para isso, usem o Canva C³ (versão aplicada) como roteiro-base: nele, vocês organizam o problema que decidiram resolver, os requisitos “tem que ter”, as principais escolhas de construção, os testes realizados, as evidências coletadas, as melhorias entre V1, V2 e V3 e as recomendações finais.
Primeiro, completem o canva com essas partes essenciais do caminho percorrido. Em seguida, escolham um modal de comunicação — vídeo, cartaz/zine ou podcast — e adaptem o conteúdo do canva para esse formato, mantendo a clareza e o vínculo com as evidências.
Usem imagens das versões, trechos do Registro do Teste e referências à Ficha “tem que ter” para tornar a mensagem compreensível e confiável para quem não acompanhou o processo.
Orientações para professores 👆
Nesta última etapa, o Canva de Comunicação Científica (C³) serve como um roteiro de síntese e validação do percurso investigativo. O objetivo é garantir que cada afirmação do grupo esteja ancorada em evidências reais e que a comunicação final reflita tanto o rigor científico quanto o aprendizado conquistado ao longo do projeto.
Oriente os estudantes a usar o canva como ferramenta de checagem, certificando-se de que toda conclusão ou explicação esteja ligada a um dado registrado — seja uma medição, observação, foto, gráfico ou registro no diário. Ajude-os a substituir adjetivos vagos por critérios observáveis, perguntando, por exemplo: “Como vocês sabem que foi eficiente?”, “Que evidência mostra isso?”, “De que forma podemos verificar o resultado?”.
Inclua, como regra, a seção de limites e próximos passos, para que o grupo reconheça o alcance da própria investigação e identifique possibilidades futuras de aprimoramento. Isso reforça a ideia de que a ciência é um processo contínuo, feito de avanços parciais e revisões constantes.
Mantenha a atividade dinâmica: defina tempos curtos por campo e proponha revisões rápidas, assegurando que o grupo finalize o canva de forma clara e objetiva antes de passar à escolha do modal de comunicação. Dê autorização explícita para a transição somente após confirmar que todos os campos foram preenchidos com coerência e respaldo em evidências.
Finalize reforçando o propósito maior desta etapa: comunicar com rigor e confiança. Mostre aos estudantes que ver suas ideias fundamentadas em dados é um marco importante do processo científico — um momento em que o conhecimento produzido por eles se transforma em algo compartilhável, compreensível e significativo.
Já usamos o C³ na ciência básica. Agora vamos usar um novo C³, voltado para a ciência aplicada: ele conta a história do protótipo — do desafio às melhorias.
Preencham antes de escolher o formato da peça (vídeo, cartaz/zine ou podcast). Sejam diretos e mostrem de onde vêm as evidências (Registro do Teste, Ficha “tem que ter”, fotos).
Em uma frase, digam o que o grupo quis resolver e para quem isso importa. É o ponto de partida da sua história.
Liste 3 a 5 requisitos prioritários (numere: 1, 2, 3…). Foquem na função, não na aparência. Esses requisitos vêm da Ficha “tem que ter” e viram seus critérios de qualidade.
Contem como colocaram a ideia para funcionar. Indiquem V1, V2 e V3, as escolhas principais de construção e o procedimento de teste: o quê, como, por quanto tempo e o que ficou igual entre as tentativas (controles).
Mostrem as evidências por versão: medidas, fotos, contagens, observações. Digam o que funcionou e o que não funcionou em cada rodada. Transparência é parte do jogo.
Expliquem o que mudou de uma versão para outra e por quê. Conectem cada ajuste a um requisito numerado e/ou a um feedback da Ficha “Que bom / Que tal”.
Orientações para professores 👆
Apresente os modais de comunicação (vídeo, podcast, cartaz, zine, apresentação, entre outros) como caminhos diferentes para comunicar o mesmo conteúdo, sem perder a estrutura lógica do Canva de Comunicação Científica (C³). Explique que, independentemente do formato escolhido, o fio condutor da investigação — problema, hipótese, método, resultados e conclusões — deve permanecer visível na peça final.
O objetivo pedagógico deste momento é desenvolver a capacidade de selecionar informações essenciais, adaptar a linguagem ao público e usar fontes de maneira ética, mantendo sempre o vínculo entre evidência e mensagem. Reforce que comunicar ciência é mais do que apresentar resultados: é mostrar como esses resultados foram construídos.
Garanta tempos definidos e checkpoints simples ao longo da produção:
Canva fechado – com todas as seções preenchidas e validadas;
Rascunho do modal – esboço de estrutura, roteiro ou layout;
Ensaio ou layout finalizado – revisão de clareza e coerência científica;
Versão final – pronta para apresentação e compartilhamento.
Durante as revisões, promova momentos de troca entre pares, estimulando perguntas que mantêm o foco na investigação e no pensamento científico:
Onde está o problema inicial do projeto?
Que requisito ou objetivo foi priorizado?
Que teste ou evidência sustenta esta afirmação?
Que limite da investigação precisa ser mencionado?
Qual seria o próximo passo lógico após esta descoberta?
Essas perguntas ajudam os estudantes a manter rastreabilidade entre o que descobriram e o que estão comunicando, garantindo que a criatividade no formato não apague o rigor do conteúdo.
Dica de mediação: valorize o processo de revisão e a clareza da comunicação tanto quanto o produto final. Quando os estudantes percebem que comunicar bem é parte do fazer científico, passam a enxergar a ciência como diálogo — algo vivo, colaborativo e em constante aprimoramento.
O C³ funcionou como seu artigo científico. Agora, a peça de comunicação que vocês vão criar é a divulgação científica. É contar a mesma história para mais gente, de um jeito leve, criativo e gostoso de acompanhar, sem perder o respeito às evidências.
Escolham um modal de comunicação — vídeo, cartaz/zine ou podcast — ou inventem um formato que combine com o grupo (peça artística, história em quadrinhos, o que vocês preferirem!).
Pensem em quem vai assistir ou ler, o que essa pessoa deve aprender e quanto tempo vocês têm para produzir.
Usem o C³ como roteiro: ele já dá a sequência da narrativa, das perguntas às conclusões. A partir daí, soltem a criatividade: imagens do experimento, trechos do Diário de Registro, falas marcantes, humor, trilha sonora ou ilustrações autorais... Tudo isso ajuda a aproximar quem está do outro lado do conhecimento que vocês querem compartilhar.
Mantenham a mensagem clara: Mostrem exemplos reais do que observaram, expliquem como testaram, reconheçam limites e deem crédito às fontes que consultaram. E, se precisarem de um empurrão, nos botões desta página há vídeos curtinhos com dicas práticas para começar cada modal. Escolham, adaptem o conteúdo do canvas para o formato escolhido e contem essa história do jeito de vocês.
Orientações para professores 👆
Encerrar o projeto é também encerrar um ciclo de investigação, colaboração e descoberta. Este momento deve unir rigor científico e celebração, valorizando tanto o processo quanto os resultados alcançados pelos grupos.
Defina checkpoints objetivos para a conclusão dos trabalhos e apresentações, garantindo que todos os grupos cheguem à etapa final com o material revisado e coerente. Reforce a importância de preservar o fio científico: toda afirmação deve estar amparada por dados, registros no diário ou evidências observáveis. Oriente os estudantes a citar explicitamente as fontes, os testes e os feedbacks recebidos, reconhecendo que o conhecimento é construído em diálogo.
Antes das apresentações, promova rodadas curtas de revisão entre grupos, atuando como um processo de revisão por pares. Oriente o olhar dos estudantes para quatro critérios centrais:
Precisão – as informações são corretas e baseadas em evidências?
Clareza – o público consegue entender a mensagem principal?
Organização – o raciocínio segue uma sequência lógica?
Autoria – o trabalho expressa as ideias e decisões do próprio grupo?
Durante as apresentações, conduza um momento de escuta ativa e celebração coletiva. Valorize o empenho, a persistência e as boas decisões de cada grupo, destacando como superaram desafios ou refinaram ideias ao longo do caminho. Reconheça progressos visíveis, como a melhoria na precisão das hipóteses, a clareza nos registros ou a colaboração durante as iterações do protótipo.
Finalize convidando a turma a nomear aprendizados de que se orgulham — tanto científicos quanto pessoais. Essa autorreflexão dá sentido pedagógico e humano à experiência, mostrando que a ciência se aprende fazendo, compartilhando e reconhecendo o próprio crescimento.
Dica de mediação: feche o projeto reforçando que comunicar descobertas é tão importante quanto realizá-las. Quando os estudantes percebem que o conhecimento produzido por eles tem valor e pode inspirar outras pessoas, a aprendizagem se torna verdadeiramente significativa.
Com o canva finalizado, distribuam tarefas de forma equilibrada. Quem conduz a apresentação ou a locução, quem organiza as evidências visuais ou sonoras e quem faz a revisão de clareza. Adaptem o texto do canva ao modal e garantam que o percurso apareça: problema, requisitos, testes e evidências, melhorias e recomendações. Citem fontes e agradeçam aos grupos cujos feedbacks influenciaram a evolução do protótipo. Ensaiem e ajustem para caber no tempo combinado.
Orientações para professores 👆
O momento de autoavaliação e heteroavaliação, realizado ao final da etapa de Compartilhar, encerra a trajetória do projeto com um exercício de reflexão consciente sobre o processo de aprendizagem. Mais do que avaliar resultados, esta etapa convida estudantes e professores a reconhecerem avanços, desafios e transformações vividas ao longo do percurso investigativo.
Os estudantes utilizam um Canva de Autoavaliação, em que marcam, para cada critério, se atuaram com apoio constante, apoio eventual ou autonomia. A linguagem do instrumento é em primeira pessoa e acessível à faixa etária, abrangendo tanto as competências científicas — como observação, formulação de hipóteses, registro e comunicação — quanto as competências socioemocionais, como colaboração, escuta e perseverança.
Como mediador, comece valorizando o percurso coletivo. Explique à turma que este é um momento de tomada de consciência, não de julgamento, e que a honestidade é essencial para o crescimento individual e do grupo. Dê tempo para que cada estudante leia atentamente os critérios, reflita e faça suas marcações com tranquilidade.
Ao circular pela sala, apoie a compreensão dos critérios, esclarecendo termos e oferecendo exemplos concretos. Incentive que os estudantes justifiquem suas escolhas com base em situações reais vividas durante o projeto — um momento em que contribuíram com uma ideia, enfrentaram um desafio ou ajudaram o grupo a se organizar.
Após o preenchimento, organize uma roda de conversa para que compartilhem suas percepções e conquistas. Peça que destaquem o que mais aprenderam sobre si mesmos, o que evoluiu desde o início e o que ainda desejam aprimorar. Esse momento fortalece a autonomia e a consciência de aprendizagem, além de gerar reconhecimento mútuo entre os colegas.
Em paralelo, você contará com o Canva de Heteroavaliação, que traz rubricas detalhadas para cada momento do projeto (Imergir, Experimentar, Imaginar, Criar, Comunicar e Compartilhar). Cada critério apresenta três descritores — apoio constante, apoio eventual e autonomia — que qualificam o desempenho do estudante ou do grupo de forma objetiva e formativa.
Preencha o canva com base em evidências observáveis colhidas ao longo do percurso: participação nas rodas de conversa, qualidade dos registros no diário, envolvimento na ideação, contribuição na construção do protótipo, clareza na comunicação e cooperação entre pares.
Ao comparar a autoavaliação dos estudantes com sua heteroavaliação, busque compreender semelhanças e diferenças. Transforme essas comparações em feedbacks construtivos, reforçando conquistas e indicando caminhos possíveis de desenvolvimento.
Finalize destacando que esse processo é parte essencial da avaliação formativa, que valoriza o caminho percorrido — e não apenas o produto final. Ele promove autonomia, senso crítico e corresponsabilidade tanto para os estudantes quanto para o professor, servindo como base para intervenções pedagógicas mais precisas e significativas.
Dica de mediação: encerre o projeto reconhecendo o esforço coletivo. Mostrar que cada etapa, dúvida e descoberta teve valor ajuda os estudantes a enxergarem a própria evolução e fortalece o vínculo com o aprendizado científico.
Parabéns por ter chegado até aqui na sua jornada pelo projeto STEAM! Você vivenciou descobertas incríveis sobre o céu, explorou o método científico, imaginou soluções e criou protótipos. Agora, é hora de parar um pouquinho, olhar para tudo o que você aprendeu e pensar sobre como você participou em cada etapa. Para isso, vamos fazer uma autoavaliação.
Autoavaliação é um momento em que você reflete sobre suas próprias ações e aprendizagens. Em vez de alguém dizer como você foi, você mesmo observa como se comportou, o que aprendeu e o que gostaria de melhorar. Isso ajuda você a reconhecer suas conquistas e a planejar seus próximos passos.
Na ficha de autoavaliação, há vários critérios relacionados ao que fizemos no projeto, como observar o céu, trabalhar em grupo ou registrar experimentos. Cada critério tem três frases que representam diferentes níveis de apoio:
Apoio constante – quando você precisa de bastante ajuda para realizar aquela tarefa.
Apoio eventual – quando consegue fazer boa parte sozinho, mas ainda precisa de alguma orientação.
Autonomia – quando consegue realizar a tarefa de forma espontânea, sem ajuda.
Leia cada critério e marque a frase que mais se parece com você.
Seja sincero: não existe resposta certa ou errada. O objetivo é aprender mais sobre você mesmo.
Pense em exemplos: lembre de momentos em que usou aquela habilidade para decidir qual frase escolher.
Olhe para frente: depois de marcar, reflita sobre o que você já faz bem e sobre o que quer melhorar.
Converse com os colegas: depois de todos preencherem, vocês podem compartilhar suas impressões e se ajudar mutuamente.
Esse momento de reflexão é um passo importante para se tornar cada vez mais responsável pelo seu próprio aprendizado. Aproveite!